Oxalá

 
A figura de Oxalá, na Umbanda, assumiu importância primacial num paralelismo com a figura de Jesus Cristo, no seio do Catolicismo.
Na identificaçaão de Oxalá com o "Filho", segunda pessoa da Santíssima Trindade, fato aceito pela religião de Umbanda, obeserva-se que, ao culto externo, à veneração e ao conhecimento das divinas qualificações de Jesus, se soma toda uma série de observâncias, preceitos, ritos remanescentes da tradição religiosa africana e, com toda a religiosidade, praticados pelos umbandistas de todos os matizes, com pequenas diferenciações, decorrentes de influências regionalistas ou da maior ou menor parcela do afro na cultuação.
A imagem de Oxalá (Jesus Cristo) é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era antes de que Jesus o fosse.
Oxalá, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.
A Linha de Oxalá é a Linha Súplice, suprema condutora, porque nela se baseiam todas as outras linhas.
Oxalá, nome cabalístico formado através dos séculos, que teve do feixe de correntes formadoras da Grande Corrente Universal a força máxima, na qual os homens se suprem para se lançarem, através dos seus Guias, em busca da magna força.
"A Corrente Universal divide-se em vários setores, cabendo cada um destes setores, cabendo cada um destes setores a um Chefe, que trabalha nesta mesma corrente, tirando dela a força e a luz para conduzi-lo ao ponto que lhe é necessário para seus trabalhos espirituais; e sendo Oxalá o Supremo Chefe da Umbanda, a ele pertence um desses setores, buscando, na Corrente Universal, suprimento para as suas falanges".
 
Símbolo: a Cruz
Cores: branca