Ibeijada
(Crianças)
Poucos são
aqueles que dão importância devida às giras das vibrações
infantis.
A exteriorização
da mediunidade é apresentada nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato,
entretanto, é que uma gira de criança não deve ser interpretada como uma
diversão, embora normalmente seja realizada em dias festivos, e às vezes não
conseguimos conter os risos diante das palavras e atitudes que as crianças
tomam.
A Falange das
Crianças, estando em constante trabalho de descarga fluídica, afastandos os
espíritos malignos, é uma das poucas falanges que consegue dominar a magia.
Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu
trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de
extraordinários conhecimentos.
As festas para
Ibeijada, Cosme e Damião, tem duração de um mês, iniciando a 27 de
setembro e terminando a 25 de outubro, devido a ligação espiritaul que há entre
Crispim e Crispiniano com aqueles gêmeos, pela sincretização que houve destes
santos católicos com os "ibêjis" ou ainda "erês" (nome dado pelos nagôs aos
santos-meninos que têm as mesmas missões.
Nas festas das
ibeijadas, que tiveram origem na Lei do ventre-Livre, desde aquela época até
nossos dias, são servidos às crianças um "aluá" ou água com açúcar (ou
refrigerantes adocicados no dia de hoje), bem como o caruru (também nas Nações
de Candomblés).
Origem de
"Doum"
Este personagem
material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba
(denominação de mulher, na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso
houvesse no segundo parto o nascimento de um outro menino, era este considerado
"Doum", que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos. Caso viesse
à luz duas meninas gêmeas, recebiam o nome de "Liana" e "Damiana" e, se nascesse
outra menina a seguir, a esta criança davam e dão o nome de
"Damiana"
Sincretização:
Com os santos médicos, que foram gêmeos e médicos, tem sua razão na semelhança
das imagens e missões idênticas com os "erês" da África, mas como faltava
"doum", colocaram-no junto a seus irmãos, com seus pequenos bastões de pau,
obedecendo à semelhança dos santos católicos, formando assim a trindade da
irmanação. Sua festa é realizada em 27 de setembro.